quarta-feira, 25 de maio de 2011

Porque escrevo


Dá vontade de gritar, sair correndo e pular no colo do meu pai.
Se pudesse iria brincar, fazer travessuras e pintar.
Queria mesmo era escrever o dia inteiro, não ter medo da conta do fim do mês, pensar que só foi um pesadelo e não precisar me dividir em três.
Tantas mulheres habitam em mim, com tantas pessoas preciso lidar.
Preciso de tempo pra fugir daqui, preciso me perder pra conseguir me achar.
Olho pra trás com saudosismo, olho pra frente com otimismo. Difícil mesmo é olhar o presente.
Há tanto a ser mudado, existe tanto o que aprender!
Nessa vida de cão e capacho, preciso aprender a me reescrever.
Aqui não basta ter sonhos ou ideais, preciso de metas, alvos, ser diferente dos iguais.
Uma paixão não sustenta a vida. Não se pode viver apenas do amor aos livros.
Mas sem eles me sinto perdida, sem rumo eu vivo.
Quando leio uma obra prima, viajo sem sair do lugar. Encontro outros mundos, conheço outras pessoas, e aprendo novamente o que é amar.
Escrever pra mim é terapia, inventar contos e histórias, ser a personagem da minha autoria, viver dia a dia somente em glória.
Esse momento é só meu, é meu mundo desbravado.
Preciso escrever o que ninguém escreveu, e fazer tangível o intocável.
Prometo conseguir mais tempo pra me dedicar à escrita.
Não se trata de hobby, passa tempo ou história divertida.
Escrever é arte. Pra mim, escrever é vida.

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