sábado, 22 de outubro de 2011

Só pra constar

Sempre coloco a culpa no tempo que não me ajuda.
Acordo cedo, durmo tarde e mesmo assim ainda falta coisas a serem feitas, problemas a serem solucionados e tão famoso e desejado "tempo pra mim" que hoje, sinceramente, não existe.
Tô na procura do apartamento perfeito e na agonia de decidir pela localização certa.
Você até acha um ap legal, uma boa localização, mas a linha vermelha do metrô não te ajuda!
Daí você encontra um com boa localização, linha verde do metrô super tranquila... mas o dito precisa de tanta reforma que não compensa!
Enfim, segue sem teto...
Preciso definir a viagem de ano novo.... as férias no Chile... o apto... a mudança....
Pela primeira vez na vida, tô sem o controle das coisas...
Tá na hora de parar um pouquinho, me concentrar em um problema por vez.
Bom.... essa baboseira toda é pra justificar minha ausência e pedir: Não esqueçam de mim.
Eu volto....
Juro.


beijos

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Maitê me entende...


Esse texto de Maitê Proença, li alguns anos atrás e achei bonitinho.
Hoje, sinceramente, é exatamente o que eu diria se soubesse usar tão bem as palavras.

Boa leitura!

"O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também.
Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar.
É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele.
Não basta que a gente se queira há muitos anos. Não basta nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito.
Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados.
Não basta que haja amor para se viver um amor.
Eu e ele somos as cruzadas da idade média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco da apartheid, o falcão e o lobo, o Feitiço de Áquila. Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca.
Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra.
É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada.
Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira.
O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.

Esta semana fui ver a Ópera do Malandro em cartaz no Rio de Janeiro. Se o Chico Buarque nunca mais tivesse feito outra coisa na vida, ainda assim teria de ser imortalizado pelas alturas em que transita sua poesia nesta obra.
Como ando as voltas com assuntos de amor, prestei atenção na cafetina Vitória que, do alto de sua experiência, ensinava: O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Mais adiante Terezinha, a heroína quase ingênua, sofria:

Oh pedaço de mim, oh metade arrancada de mim, leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu. Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida - não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô.
Há de haver um homem bom, me esperando em alguma esquina desse mundo. Um homem que aprecie o meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua, e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando; existem defeitos que considero indispensáveis.

Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com minha roupa, com corte do cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei sem ironia, que foi mesmo por milagre.
Este homem deve querer nosso lar impecável, com flores no jarro, e é imperativo que faça tromba quando não estiver assim. Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua!
Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado."


....

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

8 ou 80

O extremismo em si é visto com maus olhos perante a sociedade.
Também considero ruim quando o extremismo está diretamente relacionado com o destino do outro. Não acredito em religiões extremistas, educação extremista, em política e falsa democracia nos extremos. Ditadura é péssima mas a anarquia também.
No entanto, quando se trata apenas da minha vida não vejo mal algum no extremismo, na definição.
O que mais ouço é: "Com você ou é 8 ou 80. Você não tem meio termo."
Essa é uma frase bem indignada de quem discorda da vida que levo. A questão é que eu não me conformo com uma vida mais ou menos, com um emprego mais ou menos, amizade mais ou menos e muito menos com um romance mais ou menos.
Pra mim, ou é ou não é.
E se for pra ser, que seja pleno.
Existem coisas em nossas vidas que não dá pra aceitar como está e ir levando, porque aceitar isso nos torna pessoas medíocres com vidas medíocres. Eu quero uma vida plena, absoluta, realizada... e ser merecedora dela!
Se para isso eu tenho que chorar de mais, rir demais, comer de menos, malhar de mais, sonhar de mais, abrir mão de coisas e pessoas, assim farei.
Não tenho medo de recomeçar. Recomeço quantas vezes for preciso.Não temo o desconhecido, o novo, não me apego ao passageiro.
Uma vida de sucesso implica em decisões diárias, em trabalhar exaustivamente, em abrir mão de pequenos prazeres em pról de uma causa, de um fim. Implica em deixar pessoas mais ou menos, em deixar aquele emprego mais ou menos, em enfim enxergar que não existe amigo mais ou menos. Ser bem sucedido é ter garra pra ser o que você sempre sonhou.
É preciso coragem pra renegar uma vida no meio termo, precisa de força pra enfrentar a crítica de pessoas acomodadas em sua zona de conforto, necessita ter muito tato para não machucar ninguém mas também não se submeter ao óbvio e consenso da maioria só porque é mais fácil assim.
Acima de tudo, é preciso um grande amor à vida, muita vontade de viver, pra que se consiga romper limites e viver uma vida extraordinária feita de pequenos sonhos, realizando um de cada vez.
Sonhe.
Invista.
Realize.
Porque como já diz um lindo poema de autor desconhecido:
"Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."


Uma excelente vida a todos!

KM

domingo, 26 de junho de 2011

Das conversas que tivemos... III


- E porque esse riso bobo na cara? Tá feliz é?

- Estou sim. E a culpa é sua.

- Minha? O que eu fiz?

- Você existe. Não preciso que nada mais seja feito.



....

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Porque escrevo


Dá vontade de gritar, sair correndo e pular no colo do meu pai.
Se pudesse iria brincar, fazer travessuras e pintar.
Queria mesmo era escrever o dia inteiro, não ter medo da conta do fim do mês, pensar que só foi um pesadelo e não precisar me dividir em três.
Tantas mulheres habitam em mim, com tantas pessoas preciso lidar.
Preciso de tempo pra fugir daqui, preciso me perder pra conseguir me achar.
Olho pra trás com saudosismo, olho pra frente com otimismo. Difícil mesmo é olhar o presente.
Há tanto a ser mudado, existe tanto o que aprender!
Nessa vida de cão e capacho, preciso aprender a me reescrever.
Aqui não basta ter sonhos ou ideais, preciso de metas, alvos, ser diferente dos iguais.
Uma paixão não sustenta a vida. Não se pode viver apenas do amor aos livros.
Mas sem eles me sinto perdida, sem rumo eu vivo.
Quando leio uma obra prima, viajo sem sair do lugar. Encontro outros mundos, conheço outras pessoas, e aprendo novamente o que é amar.
Escrever pra mim é terapia, inventar contos e histórias, ser a personagem da minha autoria, viver dia a dia somente em glória.
Esse momento é só meu, é meu mundo desbravado.
Preciso escrever o que ninguém escreveu, e fazer tangível o intocável.
Prometo conseguir mais tempo pra me dedicar à escrita.
Não se trata de hobby, passa tempo ou história divertida.
Escrever é arte. Pra mim, escrever é vida.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fazendo Joguinho

Há regras pra tudo. E pro flerte também.
Nada de ligar, mocinha.
Nada de responder o email assim que recebê-lo.
Nem ouse dar respostas rápidas no msn, finja desinteresse.
Normalmente, esse é o jogo da paixão.
Se todos os caras forem "fisgados" dessa forma, eu tô frita!
Não tenho jeito pra jogo, não consigo entender porque eu, linda e loira, preciso me fazer de desinteressada, fingir que nem tô ligando.
Pra que?
Óbvio que não devo demonstrar interesse sem saber qual é a do rapaz. Mas sabendo que ele também tá interessado, porque preciso ser indiferente?
Que mundo de "Caça" é esse?
Dizem que se o cara sabe que "já ganhou" a garota, ele perde o interesse.
Pois que eu saiba logo então.
Não quero alguém que precise da instabilidade pra se interessar. Alguém que seja masoquista o suficiente, pra adorar o "gelo" que a garota dá.
Não.
Pra mim, o bom mesmo é o complemento.
É você discar o número e perceber que ele já está te ligando.
É você responder o email assim que ele mandar, e ele sorrir surpreso porque estava ansioso por sua resposta.
É você dizer que não vai sair porque tá com cólica, e ele acreditar, porque sabe que você não faz joguinho.
Hoje em dia temos que ser "espertos" em muita coisa.
Temos que seguir regras em tudo!
Mas não no amor.
Não!
Vamos ser apaixonáveis, vamos nos entregar as sensações arrebatadoras que aqueles momentos da conquista proporcionam.
Nada de ficarmos fazendo joguinho, com medo de perder.
Ninguém perde ninguém.
Se ele se foi, se não continuou, se não quis mais, é porque nunca foi seu.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Das conversas que tivemos... II


- Eu adoro ficar do seu lado, mesmo sem dizer nada.

- Eu também.

- Às vezes, tenho a sensação de que você entende até meu silêncio.

- É. Eu também.

- Só não precisa ser lacônico. Amo ouvir sua voz.

- Eu também.

- O que? Ouvir sua voz? rs

- Não. Amo te ouvir, bobinha.

- Ah. Eu também. rs