sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O fim


Um fim é sempre um fim.
Não importa se foi um fim "amigável" se é que isso existe...
Também não importa se a decisão foi mútua... se não há dor.
É um fim e isso é constrangedor!
A mesma turma de amigos, os mesmos lugares que frequentamos... As músicas ainda são as mesmas...
A vontade é de não acabar, de deixar como está. Mas porque?
Por puro comodismo, admito.
É cômodo ter alguém pra te levar pra casa, pra rir numa tarde de domingo... Alguém pra conversar sobre nada... e trocar email's durante o dia.
É cômodo.
Esse é o problema.
Não tem brigas, não tem discussão... Não tem amor.
Ruim constatar isso.
Parecia tão perfeito!
Dois amigos. Duas pessoas muito próximas, muito parecidas... e com a mesma ânsia de viver.
Viver como? No comodismo que não!
Não! Queremos mais... merecemos mais!
Merecemos tempestades, calor, chuva... Mudanças de humor e desligar o telefone na cara.
Merecemos ciúmes, merecemos elogios, merecemos discussão com final feliz!
Quando o relacionamento chega num ponto de comodismo, de estar junto por que "tá bom assim", é que a coisa tá feia!
A gente se acostuma. Se acostuma a ligar no mesmo horário, se acostuma a ir no mesmo restaurante e reclamar da mesma garçonete.
A gente se acostuma tanto com a compahia do outro, que acaba errando, achando que é amor.
Mas não é.
Como sabemos? Simples!
Imagino minha vida sem ele? Sim.
Faço planos e não o incluo? Sim.
Falamos de nossos ex amores não tão ex assim? Sim.
Pior: Nos tornamos tão confidentes a ponto de dizer: Pensei no fulano hoje a tarde toda!
Essa foi fatal!
Viramos amigos.
Grandes amigos na verdade.
E chegamos a conclusão do FIM da forma mais cômoda possível!
"Tá tudo bem pra você? Então ótimo, a gente se vê amanhã no almoço!"
Não doeu. Não tá doendo.
Eu sei que foi o melhor. Ele também sabe.
Mas não sei porque incomoda. É estranho.
Bom, é um fim.
Como todos os outros, isso quer dizer que algo acabou.

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