quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vou-me embora para Pasárgada

Eu amo Sorocaba.
E não há ninguém que me conheça que duvide desse amor revelado.
Em Sorocaba tive os melhores momentos da minha vida até então.
Lá pude vencer o passado e enterrar lembranças.
Lá eu cresci. Não no tamanho, não na idade...
Eu amadureci de forma quase inexplicável.
Relutei muito para voltar à São Paulo. Essa cidade me estressa num nível descomunal.
Mas sei de minhas responsabilidades e prioridades. Então voltei.
O surpreendente é que tenho gostado muito de ter voltado.
Talvez (acredito que mesmo que sim) seja pelo fato de eu ter mudado.
A Keila que voltou foi outra, portanto a cidade de São Paulo não é a mesma aos meus olhos.
Todo o contexto que me deixou aliviada ao me mudar em 2008 não existe mais.
Pelo menos não pra mim, que aprendi que existem páginas em nossas vidas que não bastam ser viradas. É preciso arrancá-las.
Hoje, durante o almoço, fiquei observando a correria ilógica dos paulistanos.
Deu saudade da calmaria dos sorocabanos e de como eles levam a sério o horário de descanso.
Ao mesmo tempo, me dei conta de que não importa onde estou,não importa a cidade, o clima ou as pessoas.
Importa apenas que eu reconheça Pasárgada.
Pra Manuel Bandeira era uma cidade ideal e imaginária.
Pra mim, é manter minha paz de espirito e equilíbrio.
Nada e ninguém pode contra minha paz.
Portanto, esteja onde estiver, estarei no melhor lugar. Por que é onde eu devo estar.
Por isso, devo apenas aproveitar o melhor e ser feliz.
Todo o resto é consequência.

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